sexta-feira, 27 de abril de 2018

Diferenças das Redações do ENEM e dos Vestibulares.


Redação nos vestibulares: confira as diferenças entre as propostas do Enem, da Fuvest e da Unicamp


Por Eva Albuquerque
No Enem, exige-se a produção de um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política. Os aspectos avaliados relacionam-se às competências desenvolvidas durante os anos de escolaridade. Nessa redação, o candidato deverá defender uma tese – uma opinião a respeito do tema proposto –, apoiada em argumentos consistentes, estruturados com coerência e coesão.
O texto deverá ser redigido de acordo com a modalidade escrita formal da Língua Portuguesa. Por fim, o candidato deverá elaborar uma proposta de intervenção social para o problema apresentado no desenvolvimento do texto que respeite os direitos humanos.
Na prova da Fuvest, o tipo textual também é o dissertativo-argumentativo em prosa, conforme consta no Manual do Candidato de 2017: uma dissertação de caráter argumentativo, na qual se espera que o candidato, visando a sustentar um ponto de vista sobre o tema proposto ou sugerido, demonstre capacidade de mobilizar conhecimentos e opiniões; argumentar de forma coerente e pertinente; articular eficientemente as partes do texto e expressar-se de modo claro, correto e adequado.
Na Unicamp, recorre-se aos gêneros textuais: carta argumentativa, resenha, resumo, comentário, artigo de opinião, carta de leitor, carta ao leitor, verbete entre outros.  A escrita de gêneros deve levar em conta interlocutores, propósito a que se deve atender,  formas de circulação do texto entre outros fatores.
Em relação aos gêneros, estudar as características e exercitá-las exaustivamente não significa, obrigatoriamente, sucesso na redação. Pelo contrário: memorizar aspectos relevantes dos gêneros tende a deixar em segundo plano a reflexão sobre fatores que levam em conta o modo como os interlocutores estão representados no texto, a pertinência do registro lingüístico adotado (formal, informal, semiformal) na escolha das palavras e expressões, estratégias de argumentação abordadas, entre outros aspectos.  Nesse sentido, a escrita de gêneros difere sobremaneira da redação de textos dissertativo- argumentativos, que seguem padrões pré-determinados.
*professora de literatura e redação do Cursinho da Poli
fonte: http://cursinhodapoli.net.br/web/noticias/1146/redacao-nos-vestibulares-confira-as-diferencas-entre-as-propostas-do-enem-da-fuvest-e-da-unicamp?lang=pt

quinta-feira, 19 de abril de 2018

REDAÇÃO PREPARATÓRIA PARA O ENEM-2018 / PROF.SÉRGIO LUIZ DE MELLO


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PROPOSTA DE REDAÇÃO-01/2018

Material de autoria do Prof.Sérgio Luiz de Mello- Cursinho Preparatório para o ENEM e Vestibular Poli Saber Ibiúna
19/04/2018

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema “ O Avanço Tecnológico e desafios para o combate das Fake News no Brasil,” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.


INSTRUÇÕES:
- O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
- O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
- A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
- tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente. ”
- fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
- apresentar proposta de intervenção que desrespeite os diretos humanos.
- apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.

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TEXTO 1
 Resultado de imagem para Gráfico sobre a evolução tecnológica no Brasil

fonte:https://www.tecmundo.com.br/lcd/5785-10-tecnologias-que-mudaram-a-decada.htm

TEXTO 2

Tecnologia


START
E começa mais um dia
Cotidiano e tecnologia

Eu posso ver em 3ª dimensão
Cinema preto-e-branco pela televisão

Eu vou compor uma música eletrônica
No meu violão

E poderia destruir a bomba atômica
Com meu controle remoto
STAND BY

TECNOLOGIA !!! - DIA-A-DIA 

RESTART
Com uma lógica analógica
A minha vida é um vídeo game

E com minha caneta ótica
Escrevo holografia em poesia concreta

Eu vou compor uma música eletrônica
No meu violão

E poderia destruir a bomba atômica
Com meu controle remoto
STAND BY

TECNOLOGIA !!! - DIA-A-DIA

Fonte:https://www.vagalume.com.br/astronautas/tecnologia.html


TEXTO 3

Fake news: revendedores de realidade e as notícias falsas

É necessário fomentar mecanismos de
controle e pesquisa com transparência sobre
o uso político das plataformas digitais


Uma expressão que ganhou popularidade nos últimos anos para fins políticos vem desafiando jornalistas, economistas, políticos, juristas e toda sociedade sobre ética. Vem também sendo motivo de debate no Congresso Nacional com projetos de leis em que todos têm algo em comum: incapacidade de definir o que é "fake news".
Aliás, nós, humanos, temos essa grande tecnologia à nossa disposição — a fofoca. Para Este não é um conceito novo. Na Grécia Antiga utilizaram a expressão "revendedores de rumores" para descrever, por exemplo, a atuação de comerciantes para aumentar rapidamente o preço de grãos, espalhando rumores sobre tempestades e naufrágio.
Teofrasto, notório filósofo na época, realizou um experimento social com seus amigos usando histórias inventada que chocavam. Ele dizia algo como, "Ei, não
 espalha, tá? Essa informação é de uma fonte quente e é a última notícia do pedaço", o que resultou no ditado “olhos são melhores testemunhas do que ouvidos” e recomendações para evitarmos ser enganados, como questionar “quem está ganhando dinheiro com essa notícia?”.
Nos protegermos e trabalharmos melhor em grupo, desde o nosso início, foi necessário falarmos sobre e entre nossos pares. Essa capacidade linguística e de
comunicação nos permitiu criar laços confiáveis e expandir nossas habilidades.
Porém, diferentemente da nossa história até aqui, estamos enfrentando um novo desafio, que é o mercado da realidade.
Nossos relacionamentos em sociedade já não são mais criados apenas entre humanos “olho no olho”, ou seja, presencialmente. Nossa confiança também está em plataformas digitais que nos representam e desenvolvem laços individuais e até mesmo em grupos. Muitos da última geração da nossa espécie, provavelmente, já encontram seus pares em aplicativos que apresentam e sugerem pessoas para se relacionar, ou seja, não é mais necessário estar presencialmente com alguém para criarmos laços ou grupos em comum.
Atualmente, essa intermediação parece natural para nós, pela comodidade. Tecnologias exploram nossa psicologia e comportamento com informações pessoais registradas por elas mesmo. As “fake news” são as fofocas produzidas sob medida para agradar uma realidade de que gostaríamos, sejam fatos falsos ou reais, e sem o compromisso de criar vínculos humanos, assim afastando nosso contexto social e diferenças do debate, que é um dos principais elementos para a discussão sobre moral e ética em sociedade.
Hoje, somos “revendedores de realidade”, e poderíamos concluir que uma resiliência a esse fenômeno seria “encontros presenciais são a melhor testemunha do que nossos olhos”. A pergunta que deveríamos fazer sobre esse desafio é “quem está ganhando com essa realidade que estamos criando de nós próprios?”. Pois, assim como alguns comerciantes lucraram na Grécia Antiga, alguns políticos provavelmente estão conseguindo votos ou a manutenção de poderes explorando essa vulnerabilidade das realidades sugeridas por interfaces digitais.
Nossas democracias não precisam de lei para definir o que são "fake news" e nem o que é verdade ou mentira, mas é necessário fomentar mecanismos de controle e pesquisa com transparência sobre o uso político das plataformas digitais, quem os financia e quais são as ferramentas. Só dessa maneira vamos criar uma cultura para discutir a moral e ética da tecnologia na política.
*Thiago Rondon é fundador e CEO do AppCívico
Fonte: https://epocanegocios.globo.com/colunas/noticia/2018/03/fake-news-revendedores-de-realidade-e-noticias-falsas.html
TEXTO 4
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Fonte: https://blogdoafr.com/2018/03/

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Do site Guia do Estudante: 5 dicas para melhorar a sua nota na Redação do ENEM.

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5 dicas para melhorar sua nota na redação do Enem

Mandar bem na prova da Redação do ENEM pode aumentar o seu resultado final e ser o diferencial para conquistar a universidade.

A contagem regressiva para a prova mais aguardada do ano já começou. Faltam poucos dias para o primeiro domingo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017, em que serão aplicadas as provas de Linguagens, Ciências Humanas e Redação.
Você já deve estar careca de saber que a redação é uma das etapas mais importantes do exame e merece toda a sua atenção, pois tem o potencial de aumentar o seu resultado final.
Nesta última etapa de preparação, se você ainda se sente inseguro na hora de escrever, mas quer garantir uma boa nota, vale a pena focar nas dicas abaixo da professora de redação do Colégio Stockler Ana Paula Severiano.

1 – Leia redações bem avaliadas de edições anteriores

O Inep divulgou recentemente a Cartilha do Participante com instruções para a redação do Enem 2017. No fim do material, você encontra amostra de redações nota 1.000 da edição anterior e vários comentários sobre cada uma.
Para tirar uma boa nota, verifique esses textos para conhecer os critérios de correção da banca avaliadora. Também procure as propostas dos últimos cinco anos: o exame tem cobrado sempre a discussão, por meio de um texto dissertativo-argumentativo, sobre problemas brasileiros como racismo, intolerância religiosa, trabalho análogo à escravidão e violência contra a mulher.

2 – Faça simulados

O controle do tempo é importante em todos os vestibulares, mas no Enem tem um peso maior por causa do número de questões objetivas e textos extensos. Portanto, faça simulados medindo o tempo gasto para escrever o rascunho e passar o texto a limpo. Idealmente, todo o processo não deve levar mais de 1h20.

3 – Mostre domínio de repertório

Embora a prova de redação ofereça alguns textos motivadores para estimular a reflexão sobre o tema, você precisa demonstrar repertório sociocultural a respeito do assunto. Pode usar história, filosofia, sociologia, literatura e até conhecimento das ciências exatas e da natureza.
É essencial, no entanto, que você domine as referências escolhidas para não cometer equívocos, – por exemplo, confundir teorias e nomes de pensadores – que podem causar má impressão e baixar sua nota.

4 – Elabore proposta de intervenção detalhada

Elaborar uma intervenção para o problema que respeite os direitos humanos é um dos critérios adotados pelos examinadores do Enem e equivale a 200 pontos. Sendo assim, indique um agente claro e específico que poderá intervir sobre a questão e quais ações este agente pode realizar.
Um exemplo é a criação de projetos para capacitação de professores e gestores de escolas para lidar com casos de bullying. Cite inclusive de que maneira essas ações serão desenvolvidas e quais efeitos produzirão.

5 – Cuide da apresentação do texto

Muitos candidatos se surpreendem com o espaço reservado para escrever a redação do Enem. A folha para a versão final é pequena e todo o texto deve caber em 30 linhas. Por isso, faça um rascunho ou elabore um projeto de redação antes. Capriche no desenho e no tamanho das letras. Evite rasuras. Uma apresentação ruim pode comprometer seu desempenho em todas as competências avaliadas pelo exame.
Boa sorte na prova!!

O que você precisa saber para tirar 1000 na Redação do ENEM.- Dicas do site Guia do Estudante.

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O formato de redação escolhido por grande parte dos vestibulares, inclusive o Enem, é a dissertação-argumentativa. Esse gênero textual possibilita que o estudante construa uma tese inicial e defenda diferentes pontos de vista ao longo do texto. Separamos aqui algumas dicas para você construir um bom texto
1) Veja o tema de redação e faça uma leitura cuidadosa da prova – Essa é a principal dica e vai influenciar todo o seu desempenho. Leia e releia a proposta e os textos de apoio. Dê uma lida também nas questões da prova. Pode ser que alguma informação ajude no tema da redação. Atenção: essa etapa é essencial para que você não fuja do tema.
2) Elabore o projeto de texto e escolha uma tese – Esse é o momento em que você deve escolher a sua abordagem e os argumentos que usará para defender sua tese. Separe as ideias principais sobre o assunto em um rascunho. Na tese, escolha um tema que você domine para argumentar e expor o seu ponto de vista.
3) Faça a primeira versão do texto – Nessa etapa do rascunho, preocupe-se com o conteúdo e não com a gramática. Foque sua atenção para organizar os argumentos da melhor forma. As ideias devem fazer sentido e devem estar ligadas entre si. Um texto bem amarrado valoriza a sua argumentação e fará com que o corretor não se sinta confuso ao lê-lo.

4) Revise o texto: Agora é hora de corrigir a gramática e encontrar outros errinhos na sua redação. Caso tenha dúvida na grafia de alguma palavra, tente substituir por outra expressão. Preste atenção se não existe alguma frase sem sentido perdida pelo texto e avalie se há coerência entre as ideias.
5) Passe o texto a limpo: Finalmente, essa é a última etapa da redação. Por isso a importância de preparar seu texto em um rascunho. Respeite o limite de linhas e não coloque informações fora da área de correção.
Consultoria: Eclícia Pereira, professora de redação do Cursinho da Poli e GUIA DO ESTUDANTE Redação Vestibular + Enem

Como propor uma intervenção social na redação do Enem

A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é avaliada de acordo com cinco competências. Cada competência vale de zero a 200 pontos e a nota final corresponde à soma dessa pontuação – podendo chegar a 1000 pontos, portanto.
Quatro desses cinco critérios envolvem, basicamente, saber escrever e argumentar bem. Mas o quinto é um pouquinho mais complicado: ele exige “elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos”.
Isso quer dizer que a redação deve não apenas apresentar uma tese sobre o tema, apoiada em argumentos consistentes, mas também oferecer uma proposta de intervenção na vida social. Mas o que isso significa na prática? O Enem espera que o estudante encontre em poucas horas uma solução para um problema complexo? Como se certificar de que a proposta apresentada seja considerada viável pela banca? Tenha em mente o seguinte:
1. A prova pede uma intervenção, não uma solução
As questões sociais apresentadas na prova são frequentemente complexas e muitas vezes históricas – ou seja, já recebem atenção da sociedade e dos governos há muito tempo. Portanto, não se espera que o candidato, no Enem, apresente uma proposta que vá resolver a situação, mas sim enfrentá-la. E essa proposta não precisa necessariamente ser original e inédita. Ela pode envolver medidas já propostas no passado ou ampliar ações já adotadas (como aumentar o valor de multas, por exemplo). O importante é que essa proposta seja apresentada com bons argumentos.
Esse aspecto é destacado pelo professor Yeso Osawa, do Curso Positivo, de Curitiba: “Proposta de intervenção não é apenas aquilo que está por ser feito. Pode ser que alguém, em algum lugar, já tenha experimentado o que você está propondo. Está aí um bom chamariz para valorizar o seu texto. É possível mencionar um procedimento já existente como aquilo que pode balizar a sua sugestão.”
2. Detalhe sua proposta
Propostas completas são fundamentais para garantir os 200 pontos, porque expressam sua capacidade de compreender a abrangência e complexidade de questões sociais e de como podem ser encaminhadas. Segundo Ana Paula Dibbern, professora e coordenadora do Cursinho Maximize, de São Paulo, “é recomendável que a proposta de intervenção social contemple mais de uma ação. Ou seja, sobre o tema da Lei Seca, por exemplo, a proposta poderia conter uma intervenção no sentido de conscientizar as pessoas (educação para o trânsito) e outra relacionada à regulação e fiscalização. Mas é preciso ser cuidadoso, já que as duas ações precisam estar detalhadas, interligadas e claras.”
Sua proposta deve conter:
Síntese – Explicite por que sua proposta interfere positivamente na questão colocada.

O agente ou agentes sociais – Quem implementará a proposta: a família, a comunidade, secretarias municipais ou estaduais de saúde, de educação, o Ministério da Educação ou da Cultura, um dos governos (federal, estadual ou municipal), as escolas da Educação Básica, as universidades, organizações governamentais?
Implementação – Como ela será feita? Por exemplo, com a adoção de um programa de governo e por meio de atendentes presenciais, como assistentes sociais ou enfermeiros; por campanhas públicas de comunicação, por campanhas educativas, com a inclusão nos livros didáticos, com distribuição de recursos como alimentos, remédios, vacinas…
Outros mecanismos – Sugerir formas de custeio demonstram compreensão dos diferentes mecanismos existentes e possíveis, como um novo imposto, verba do orçamento público, taxas sociais, criação de fundos de governo, participação da iniciativa privada, royalties de exploração do petróleo etc. Procure informar-se a respeito.

3. Respeite os direitos humanos
Desrespeitar os direitos humanos em sua redação pode zerar a sua nota. Para garantir que sejam levados em conta, no entanto, é preciso inteirar-se sobre o que são eles. Após a aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Organização das Nações Unidas, depois da II Guerra Mundial, outras convenções posteriores incorporaram novos direitos, como os das pessoas com deficiência, por exemplo. Procure saber mais sobre eles.
A professora Dibbern sugere que você se pergunte: “Será que a implantação de minha ideia prejudicaria ou seria injusta com algum grupo na sociedade? A realização do projeto que defendo aqui traria algum dano ambiental? Essa proposição traz argumentos contrários àqueles defendidos pelos movimentos sociais? Se a resposta for sempre “não”, provavelmente você está no caminho certo.”
4. Situe a questão nos níveis individual e social
A proibição de desrespeitar os direitos humanos na sua redação já sugere a preocupação da prova com essas duas dimensões, a do indivíduo e a coletiva, da sociedade. Isso porque inúmeras questões sociais só podem evoluir e melhorar com mudanças de comportamento das pessoas. Pense, para sua argumentação, aspectos envolvendo as duas dimensões e como sua proposta interfere em cada uma delas.

Devo colocar a proposta sempre no final do texto?
Depende. A proposta de intervenção social tem mais força quando aparece no fim da redação, desde que esteja amarrando com clareza sua argumentação. “É importante que os argumentos defendidos pelo estudante sejam coerentes entre si e contribuam na defesa do seu ponto de vista. Ou seja, as ideias apresentadas ao longo do texto devem culminar na proposta de intervenção. É mais seguro seguir o modelo tradicional de ‘introdução – argumentação – conclusão’, e inserir a proposta de intervenção na conclusão” recomenda Dibbern.
Mas não é proibido fazer uma afirmação de propostas no início da dissertação, desde que isso seja retomado na conclusão. O professor Ieso Osawa ressalva: “Seu texto pode antecipar algumas ideias com relação ao que seriam as formas de intervenção. Ao condensar tudo naquele último parágrafo, e quando são muitas coisas, há a possibilidade de que fique tudo “embolado” naquele trecho, e você corre o risco de perder unidade com a argumentação e o foco.”

Dicas valiosas para a Redação do ENEM, diretamente do site do Guia do Estudante.

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Enem: O que é preciso saber sobre direitos humanos para a redação

Mas o que são os Direitos Humanos?
O estupro coletivo de uma garota de 16 anos do Rio de Janeiro, em maio de 2016, ganhou repercussão mundial a partir de um vídeo postado pelos próprios envolvidos. Se o fato em si é abjeto, torna-se ainda mais repugnante quando seus autores mostram-se orgulhosos do feito, deixando exposta uma cultura presente na sociedade brasileira que ignora as noções mais básicas de dignidade humana.
O que essa questão tem a ver com a sua preparação para o vestibular? Pois foi este justamente o tema da redação do Enem em 2015: “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. Seguindo o modelo do exame, com base em um conjunto de textos e dados, cabia ao aluno dissertar sobre o assunto, apresentando uma proposta de intervenção que deveria respeitar os direitos humanos.
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pelo Enem, explica que a base para a elaboração desta prova e dos parâmetros para a sua correção é o artigo 3° das Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, de 2012, que trata da dignidade humana, da igualdade de direitos e do reconhecimento e valorização das diferenças e das diversidades entre as pessoas.
Se antes de 2012 a prova já valorizava os direitos humanos (ou DH), eles ganharam um peso ainda maior depois da publicação dessas diretrizes. “O próprio edital do Exame tornou obrigatório o respeito aos DH, sob pena de a redação receber nota zero. Depois dessa determinação, os temas de redação passaram a suscitar maiores discussões sobre o assunto, como ocorreu nas edições de 2014 e 2015”, diz o manual de redação do Enem 2016 publicado pelo Inep.
Veja o que diz o artigo:

Como cada um desses princípios deve influenciar aquilo que você escreve em sua redação? Segundo o Caderno “Educação em Direitos Humanos: Diretrizes Nacionais”, publicado em 2013 pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, você deve ter em mente o seguinte:
→ Dignidade humana envolve o respeito à honra de cada ser humano. Você não pode propor algo que signifique ferir a dignidade de qualquer pessoa.
→ O princípio de igualdade de direitos está ligado à justiça social e envolve não só tratar a todos como iguais, mas também dar a cada indivíduo a atenção e a importância que merece, percebendo as necessidades individuais.
→ O reconhecimento e valorização das diferenças e das diversidades significa levar em conta a diversidade. É saber que as pessoas são diferentes, mas que todas elas merecem respeito.
→ A laicidade do Estado envolve respeitar a liberdade religiosa. O Estado brasileiro não tem uma religião oficial e todos têm direito às suas próprias crenças. Não se pode impor uma crença ou prática religiosa a alguém.
→ O princípio da democracia na educação inclui os preceitos de liberdade, igualdade, solidariedade e principalmente dos Direitos Humanos, que embasam a construção das condições de acesso e permanência ao direito educacional.
→ O princípio da transversalidade, vivência e globalidade tem uma aplicação mais prática na educação, mas pode ser aplicada à proposta de intervenção social ao indicar que o estudante pode usar de sua própria vivência para apontar soluções, no entanto, globais.
→ Por fim, o princípio da sustentabilidade socioambiental envolve o desenvolvimento sustentável, visando o respeito ao meio ambiente, preservando-o para as gerações vindouras.
É importante salientar que não se espera que o aluno domine saberes específicos sobre o tema dos direitos humanos, mas que demonstre que sua educação formal deu conta de prepará-lo para o exercício da cidadania, que é um dos objetivos do Ensino Médio.
O que significaria ferir os direitos humanos?

O manual de redação do Inep explica:
As redações que feriram os direitos humanos no Enem 2014, cujo tema foi Publicidade infantil em questão no Brasil, são as que apresentaram propostas com a intenção de tolher a liberdade de expressão da mídia. Foram encontradas outras proposições como as de tortura e execução sumária para quem abusa de crianças. Nesse Exame, as proposições foram avaliadas com nota zero por ferirem os DH quando também apresentaram sugestões de “acabar com esses bandidos”, “matar todos esses pais idiotas” e similares. Se o candidato, entretanto, apresentasse um mediador (o governo, as autoridades, as leis, por exemplo), houve o entendimento de garantia, por parte do candidato, do papel de mediador exercido por uma autoridade, fundamental para se considerar que a expressão de uma opinião não fere os DH.
No Enem 2015, com o tema A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira, configurou-se como desrespeito aos DH a incitação de qualquer tipo de violência contra a mulher, a formulação de propostas de intervenção pautadas na supremacia de gênero e as propostas que, baseadas na condição feminina, atentaram contra quaisquer aspectos da dignidade da pessoa humana. (…) Também foram observadas as propostas com conotação de violência, como castigo para comportamentos femininos e as propostas que incitavam violência contra os infratores das leis de proteção à mulher: linchamento público, mutilação, tortura, execução sumária ou privação de liberdade por agentes não legitimados para isso.
Segundo o Inep, expressões como as que você vê a seguir garantiram uma nota zero na redação no Enem 2015:
• “ser massacrado na cadeia”;
• “fazer sofrer da mesma forma a pessoa que comete esse crime”;
• “deveria ser feita a mesma coisa com esses marginais”;
• “as mulheres fazerem justiça com as próprias mãos”;
• “muitos dizem […] devem ser castrados, seria uma boa ideia”

Note que são proibidas as propostas que incitem a violência pela ação de indivíduos na administração da punição, como as que defendem a “justiça com as próprias mãos” ou a lei do “olho por olho, dente por dente”. “Propostas de adoção legal da pena de morte ou da prisão perpétua para os agressores  [que não existem no país] não caracterizam desrespeito aos DH, por remeterem ao Estado a administração da punição ao agressor, ou seja, nesse caso, as punições não dependem da decisão individual, caracterizando-se como contratos sociais cujos efeitos todos devem conhecer e respeitar em uma sociedade”, explica o manual.

domingo, 29 de outubro de 2017

Escreva bem evitando erros comuns- Guia do Estudante Vestibular+ ENEM 2018- REDAÇÃO, Parte 2

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Mais dicas valiosas para você se sair bem na Redação do ENEM e Vestibulares (Parte 2)
Prof.Sérgio Luiz de Mello

1-Este ou esse ?
Não raro, encontra-se textos que confundem os pronomes demonstrativos  este e esse e suas variações  (esta, isto, desse, nesse, etc). Afinal, qual é o certo?
Este dever ser utilizado para demonstrar proximidades com o enunciador, enquanto esse serve para os casos em que aquilo a que se refere está afatado do encunciador e mais próximo do receptor.
Exemplos:
-Este meu coração teme o que passa nessa cabeça.

A ideia de proximidade também pode ser utilizada na localização temporal. Este é utilizado para indicar o tempo em que estamos: este ano, este dia, esta hora. Ainda no que se refere ao tempo, usamos esse para o tempo passado e este para o futuro.
Exemplos:
- Prestei vestibular nessa semana. (tempo passado)
- Prestarei vestibular nesta semana. ( tempo em que estamos)

Tal raciocínio também é utilizado para a localização dos elementos indicados no texto. Usamos esse para elementos já citados  e este para o que serão anunciados.
- Não perco mais meu tempo com baladas, isso faz parte do passado! Só o que desejo é isto: uma boa balada!

LEMBRE-SE: em contraposição a aquele,usamos sempre este para indicar o elemento ,mais próximo numa oração.
Exemplo:
- Eis a maior diferença entre meu trabalho anterior e o atual: este me dá mais tempo livre, aquele me tomava até os fins de semana.

* No caso acima, este se refere ao trabalho atual, mais próximo no texto, e aquele, ao trabalho anterior.

2- O emprego correto de Melhor:
É de conhecimento geral que, quando fazemos comparações. o uso da forma sintética melhor é obrigatória no lugar de mais bem e mais bom.
- Fazer uma graduação é melhor do que parar no Ensino Médio. (CORRETO)
- Fazer uma graduação é mais bom do que parar no Ensino Médio. (ERRADO)
- Um profissional formado ganha melhor que um estagiário. (CORRETO)
- Um profissional formado ganha mais bem que um estagiário. (ERRADO)

No entanto, diante do particípio, o uso da forma sintética melhor não é correto, já que o mais não intensifica apenas o advérbio bem, mas todas a expressão formada por bem + particípio. Veja:
- Com uma especialização estarei mais bem preparado para o mercado de trabalho. (CORRETO)
- Com uma especialização estarei melhor preparado para o mercado de trabalho. (ERRADO)

* Acompanhem outras publicações exercícios posteriores, tal como o gabarito das questões.

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